Thibault Liger-Belair

Thibault: um mago na Borgonha

Vinhos inesquecíveis e feitos com o expertise de um alquimista

Foi aos 26 anos que Thibault deixou de lado a vida de merchant online de vinhos e decidiu seguir seu coração, a produção vitivinícola. Enólogo formado, Thibault herdou, em 2001, algumas vinhas familiares e iniciou então sua jornada como produtor. 

Desde o primeiro momento Thibault tornou-se um mago ao produzir vinhos inesquecíveis feitos de diferentes parcelas e vinhedos. Seus rótulos são alguns dos mais renomados do mundo, e mesmo nas versões mais de entrada, ele entrega muita complexidade e estrutura.

Thibault Liger-Belair
Thibault Liger-Belair. Imagem: Divulgação

Vinhedos seculares, négociant e novas produções: o mago e o homem de negócios

Os vinhedos que pertencem à família Liger-Belair estão no clã há mais de 250 anos. Foi no ano de 2001, no entanto, que Thibault herdou os vinhedos efetivamente e iniciou o processo de transformação dos mesmos em uma viticultura orgânica e posteriormente biodinâmica.

Os vinhedos herdados somam cerca de oito hectares em Nuits-Saint-Georges e arredores, e incluem parcelas como La Roche, Le Clos du Prieuré, La Corvée de Villy e La Charmotte. Também encontramos uma parcela em Vosne-Romanée Aux Réas, outra no Premier Cru Les Saint-Georges, em Nuits-Saint-Georges e dois Grand Crus, Richebourg e Clos de Vougeot.

Em 2003 o inquieto Thibault montou um braço de negócio no formato negociant, a Thibault Liger-Belair Successeurs. Nesse formato, ele compra uva de outros produtores e vinifica com seu estilo. Entre as denominações que ele produz sob o nome de Successeurs, estão inclusos os Grand Crus Corton e Charmes-Chambertin.

Seis anos depois, em 2009, Thibault adquiriu uma vinícola em Beaujolais, ao sul da Borgonha, mais precisamente no cru Moulin-à-Vent. Trata-se da Domaine de Pierre Roses. Sobre esse então novo projeto, Thibault fez o seguinte comentário: 

“Tendo concluído uma parte dos meus estudos na região de Beaujolais, em Belleville, sempre me senti muito atraído pela beleza desta região, pelas suas paisagens mas também pela qualidade e diversidade dos seus solos. Então me perguntei: por que não criar um modelo da Borgonha isolando cada terroir dentro de uma mesma denominação para tentar entendê-lo e então aproveitar ao máximo sua identidade? A minha curiosidade cada vez maior sempre me deu vontade de conhecer outros solos e outras castas…”.

Filosofia de produção

No ano de 2005 Thibault recebeu o selo certificador para vinhos orgânicos, mas, curiosamente, em 2004, ele já havia começado o trabalho com preceitos biodinâmicos em seus vinhedos. Ele diz que prefere se manter dessa forma, ou seja, sem a certificação biodinâmica, para ter mais liberdade no trato com a terra.

Hoje todos os vinhos produzidos por Thibault são orgânicos, mas possuem um manejo biodinâmico no vinhedo. Já na vinícola, as uvas são rigorosamente selecionadas e, sem o engaço na maior parte das vezes, são vinificadas com pouco uso das técnicas como o punching down e o pumping over. Thibault diz não ter medo de aromas redutivos em seus vinhos e acredita que os mesmos contribuem com complexidade ao líquido.

Quando o tema é o uso de madeira, a regra é que o carvalho não ultrapasse o número de 50% de passagem em barricas novas, e cada barrica pode ser usada no máximo até três vezes. Além disso, durante dois dias inteiros por ano, o enólogo visita a famosa Tonnellerie de Mercurey para escolher a dedo a tosta de suas barricas. Em geral, a tosta pode chegar a valores mínimos, no caso de Thibault.

Inovação: desde 2017 o enólogo mudou a sua produção para uma nova vinícola completamente auto sustentável, com canos geotermais, materiais reciclados, energia solar e até mesmo extraindo seu próprio sulfito de uma mina na Hungria. 

O estilo de Thibault é marcante, complexo e ele já criou uma assinatura clássica, além de um nome importante pelo mundo dos amantes da Borgonha.

Thibault Liger-Belair nos vinhedos
Thibault Liger-Belair nos seus vinhedos em Nuits-St-George. Imagem: Divulgação

Curiosidade

No ano de 2018 Thibault chegou a vinificar cerca de 23 denominações de origem diferentes! Não à toa, aqui na Cellar o chamamos carinhosamente de Mago da Borgonha. Ele tem uma capacidade única de extrair o melhor de cada uma de suas parcelas.

 

A Cellar preza por uma seleção de vinhos única no Brasil. Nossos produtores são verdadeiros alquimistas e produzem vinhos que vão além do nível técnico, eles entregam alma e claro, toda expressão do seu terroir. Contar com o nome de Thibault Liger-Belair em nosso portfólio é uma das maiores fortalezas que temos hoje.

Dê uma olhada agora mesmo na seleção do site, clicando aqui.

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