Na Borgonha, terroir é uma palavra que carrega história, identidade e respeito profundo à terra. Aliás, poucos domaines expressam isso com tanta integridade quanto o Domaine Arlaud, uma joia de Morey-Saint-Denis que une tradição, inovação e compromisso absoluto com a viticultura sustentável.
Um legado familiar desde 1942
O Domaine Arlaud foi fundado em 1942, quando Joseph Arlaud, vindo de Ardèche, casou-se com Renée Amiot, herdeira de vinhedos em alguns dos crus mais desejados da Borgonha. Esse dote marcaria o início de uma linhagem vinícola que, geração após geração, foi expandindo e aperfeiçoando seu trabalho nos vinhedos.
Na década de 1960, a família adquiriu uma cave do século XIV em Nuits-Saint-Georges, usada até hoje para degustações e como biblioteca de vinhos — um verdadeiro templo borgonhês.
Hoje, quem está à frente do Domaine é Cyprien Arlaud, terceira geração da família. Desde 2013, ele lidera a propriedade com um olhar contemporâneo, mas sempre guiado pela essência dos vinhos locais.
Agricultura orgânica e biodinâmica
Muito antes da “moda sustentável” se espalhar, o Domaine Arlaud já questionava os métodos da agricultura
moderna. Por isso, já em 1998, eliminaram os herbicidas. Em 2004, adotaram práticas 100% orgânicas e, seis anos depois, obtiveram a certificação oficial. Então, a partir de 2009, iniciaram a conversão biodinâmica, culminando com a certificação da Biodyvin em 2014 — sendo o primeiro domaine de Morey-Saint-Denis a alcançar esse marco.
Hoje, dois cavalos trabalham os 5 hectares de vinhedos Premier e Grand Cru, evitando a compactação do solo e promovendo um ecossistema vivo e equilibrado.
Mínima intervenção, máxima precisão
Cada etapa da produção é pensada para preservar a pureza da uva e a expressão do terroir. Assim, a colheita é feita manualmente, com triagem rigorosa na vinha e na cave. Além disso, a fermentação é espontânea, sem adição de leveduras comerciais, e os vinhos são envelhecidos com o mínimo de SO₂ e sem colagem ou filtração.
Por fim, a vinificação respeita o ritmo da natureza: o engarrafamento é feito por gravidade e segundo as fases da lua, com o objetivo de alcançar clareza e precisão aromática sem intervenção artificial.
19 AOCs e 4 Grands Crus
Com 15 hectares divididos em 19 AOCs — entre elas alguns dos vinhedos mais reverenciados da Borgonha — o Domaine Arlaud cultiva lotes em Clos de la Roche, Clos Saint-Denis, Charmes Chambertin e Bonnes Mares. Nomes que dispensam apresentações para qualquer amante da Pinot Noir.
Scritch: o som do giz
Cyprien Arlaud também é o idealizador do Scritch, projeto paralelo dedicado aos vinhos brancos orgânicos. O nome faz referência ao som do giz riscando as lousas das caves — onde, por gerações, anotava-se o nome de cada cuvée.
Em suma, mais do que uma homenagem ao passado, Scritch representa um novo capítulo na história do domaine: uma linha de vinhos vibrantes, precisos e profundamente conectados ao terroir.
Na Cellar, temos orgulho em representar o Domaine Arlaud e Cyprien Arlaud, com seu projeto Scritch, no Brasil. Seus rótulos estão entre os mais procurados por colecionadores e entusiastas. Não apenas pela qualidade impecável, como também pela filosofia que os sustenta: fazer vinhos que respeitam a terra, o tempo e as tradições.
Por isso, se você busca vinhos que são muito mais do que bebida, o Domaine Arlaud é um destino obrigatório em sua jornada pela Borgonha. Clique aqui e confira os rótulos disponíveis, com uma expressão pura de lugar, história e dedicação de Cyprien Arlaud. E se quiser saber mais sobre o Scritch, clique aqui.