Uva Gamay

O que saber sobre a uva Gamay?

A uva tinta de maior valor em Beaujolais

Ela já foi banida da Borgonha e levou má fama por conta de alguns rótulos demasiadamente simples e de baixa qualidade. Hoje em dia, se tornou queridinha entre os sommeliers do mundo e brilha, principalmente, nos Crus de Beaujolais. Você já deve saber, não é mesmo? Estamos falando da cepa tinta Gamay.

Quais as características dos vinhos feitos com a Gamay?

Aspectos aromáticos

Aromas naturais da uva: framboesa, morango e violeta

Aromas do processo de fermentação: banana, tutti-frutti, canela

Aromas do envelhecimento: alcaçuz, kirsch, ervas secas

 

Estrutura

Acidez: médio a alto

Tanino: baixo a médio

Corpo: baixo a médio

Qual a origem da Gamay?

Estima-se que a cepa tenha chegado à Borgonha, vinda da Alemanha, em meados do século 14. O nome Gamay, no entanto, refere-se a um vilarejo homônimo localizado em Saint-Aubin, próximo a Puligny-Montrachet.

 

CURIOSIDADE 1

É famosa a história de que a Gamay foi banida da Borgonha por conta do Duque Filipe, O Temerário, no ano de 1395. Em sua carta, o Duque refere-se à uva como sendo “desleal” e “prejudicial à saúde humana”. 

A Gamay que, por sua vez, não entregava os melhores vinhos quando plantada no norte da Borgonha, foi escanteada ao sul da região, mais precisamente no Mâconnais e Beaujolais.

Nessas localidades, a Gamay encontrou solos graníticos ideias para expressões mais concentradas dessa uva.

O famoso, há males que vem para o bem.

Melhores lugares para o plantio da Gamay

A casta Gamay viajou pouco. Isso quer dizer que suas melhores expressões ainda são encontradas em Beaujolais, e poucas regiões produtoras adotaram essa uva. Ela tende a performar melhor em climas mais frescos, e além de preferir solos graníticos, tende também a performar bem em solos argilosos profundos.

As regiões de maior destaque são, Beaujolais, na França e na Suíça onde encontramos alguns rótulos qualitativos feitos com essa uva.

Uva Gamay

CURIOSIDADE 2

A técnica de maceração carbônica é bastante utilizada em Beaujolais e consequentemente em vinhos feitos com a Gamay. A grosso modo, essa técnica de fermentação acontece em tanques fechados e anaeróbicos (ou seja, sem oxigênio) e o processo fermentativo inicia-se de forma intracelular, ou seja, dentro do bago da própria uva. Vinhos de maceração carbônica apresentam notas mais frutadas e taninos menos marcados em boca. 

Nem todos os vinhos de Beaujolais passam por esse tipo de fermentação, que possui ainda algumas variações como a fermentação semi-carbônica, onde o vinho começa o processo de forma anaeróbica e depois segue o curso numa fermentação alcoólica natural.

 

CURIOSIDADE 3

Existem, em Beaujolais, 10 pequenas regiões aclamadas em todo o mundo para a produção de Beaujolais de qualidade. Estamos falando dos Crus de Beaujolais, além de solos predominantemente graníticos e altitudes mais elevadas, as técnicas de produção nessa região, incluem colheita mais restrita das uvas e amadurecimento dos vinhos em barrica. O resultado são vinhos estruturados, complexos, com capacidade de guarda e que eventualmente são confundidos com alguns vinhos da Borgonha. 

Dicas de harmonização para vinhos feitos com Gamay

Para quem não abre mão de vinhos tintos, mesmo no calor, os exemplares feitos com a Gamay são uma excelente opção, já que muitos podem ser servidos mais frescos. Ademais, a gama de opções de harmonização é bastante variada, entre os Gamays mais de entrada e aqueles mais complexos oriundos dos Crus de Beaujolais. Por isso, anote agora mesmo as dicas abaixo:

Queijos de pasta mole, tipo o brie para vinhos mais leves e de entrada.

Tartares em geral, seja de carne ou peixes para os Villages ou um pouco mais estruturados.

E alguma charcutaria, para exemplares mais complexos.

 

A Cellar não somente tem um portfólio diferenciado e único de vinhos feitos com a Gamay, como também conta com os 10 Crus de Beaujolais em seu portfólio. Nenhuma outra importadora do país possui uma seleção tão qualitativa quanto a nossa. Dê uma olhada agora mesmo.

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