O lugar dos melhores Rieslings do mundo
A história do Mosel, na Alemanha, não é para os fracos. O lugar teve uma enorme ascensão, com referência a sua produção de vinhos, no final do século 19. Já, durante as duas Guerras Mundiais, foi completamente devastada. E, como se não bastasse, sofreu uma grande depressão econômica na década de 1980.
Mas, aos poucos, o Mosel veio ganhando força no mercado de vinhos e voltou a brilhar como uma região vitivinícola de qualidade. Sua produção de vinhos, sejam eles secos e mais leves, ou complexos e de sobremesa, são referência em todo mundo. Aqui, a uva Riesling brilha em inúmeras versões, como em nenhum outro lugar.
Características do Terroir do Mosel
A região do Mosel segue o curso do Rio Reno (Rhine, em inglês). As primeiras vinhas chegaram à região através das mãos dos romanos. A região é mundialmente conhecida por seus vinhedos localizados nas encostas íngremes e que recebem o reflexo do rio, contribuindo então para a maturação da uva.
Inclusive, há algumas décadas atrás, o frio na região era tamanho, que algumas safras eram impossíveis de serem vinificadas. Por conta das baixas temperaturas, as uvas não conseguiam atingir a quantidade mínima necessária de açúcar para a vinificação do mosto.
Hoje, com o aquecimento global, o cenário mudou um pouco. Mas, não se engane, ainda estamos falando de uma região fria, com invernos intensos, verões curtos e ensolarados.
A posição dos vinhedos, contudo, é fundamental para o amadurecimento das uvas.
As inclinações dos terrenos, que podem chegar a incríveis 68 graus, recebem o reflexo da água do Rio Reno e contribuem para a maturação da uva.
Adicionalmente, o solo mais comum no Mosel é a ardósia. Esse material tem a capacidade de absorver calor durante o dia, e irradiar esse mesmo calor para a vinha durante a noite. Trata-se de uma outra peculiaridade da região e que colabora para o amadurecimento dos frutos na videira.
Os estilos de vinho encontrados no Mosel são muito versáteis
Cerca de 90% da área plantada com vinhedos no Mosel é da cepa Riesling. Os estilos elaborados aqui com essa uva podem variar de extremamente secos a vinhos de sobremesa super doces. Mas todos, em comum, possuem uma acidez elevada e que contribui para o caráter de guarda de parte dos vinhos da região.
Visualmente, e na juventude, os vinhos podem ter uma cor amarelo-palha. Já, quando envelhecidos, é comum encontrarmos vinhos que remetem ao dourado. Em termos aromáticos, os vinhos do Mosel com base em Riesling são aromáticos, florais, como toque de fruta de caroço tipo o pêssego e quando envelhecidos, não é incomum encontrarmos notas de gengibre e mel, mesmo nas versões mais secas.
No paladar, em geral, os vinhos são elegantes e com uma acidez bastante viva. A mineralidade comum nesses rótulos, pode ser percebida por uma textura em boca. Aqui, o uso da madeira é minimizado, e a opção mais comum, é a passagem do vinho em grandes tonéis. Eles interferem muito pouco ou quase nada na estrutura aromática do líquido, e colaboram com corpo e maturação.
É bastante comum encontrarmos vinhos do Mosel com baixo nível de álcool, ou seja, no máximo 12% de ABV. Mesmo com esse caráter mais leve, não se engane,
esses vinhos podem apresentar grande capacidade de guarda, principalmente por conta da acidez
, que trabalha como um antioxidante no líquido.
Como harmonizar os vinhos do Mosel?
Pela característica versátil dos vinhos, a harmonização pode também variar bastante. Para as versões mais secas, pratos à base de carne de porco são os mais comuns. Pense num schnitzel, ou mesmo um joelho de porco. No entanto, queijos de pasta mole também podem fazer às vezes.
Para os rótulos mais adocicados e de sobremesa, que tal combinar com um strudel? A famosa torta de maçã alemã.
Aqui na Cellar nos orgulhamos de trazer alguns dos rótulos mais renomados do mundo e que são produzidos no Mosel. Trabalhamos incessantemente para trazer a você, amante do vinho, algumas das expressões mais puras desse terroir. Abra uma garrafa de um vinho do Mosel e tome-o com tempo para apreciá-lo.
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